Uma situação de crise a vários níveis: político (“Nem rei nem lei, nem paz nem guerra”); crise de valores morais (“Ninguém sabe que coisa quer,/ (...) nem o que é mal, nem o que é bem”); crise de identidade ("ninguém conhece que alma tem"). A situação é, portanto, de incerteza e de indefinição. "Ó Portugal, hoje és nevoeiro... ", conclui o sujeito poético. No entanto, e apesar desta constatação, não deixa de lançar o desafio: "É a hora! "
terça-feira, 29 de março de 2022
"O votismo e o parlamentarismo são,em Portugal pelo menos,os agentes mais destrutivos de toda a competência administrativa. Desde 1836 até hoje,toda a história do liberalismo português subsequente à ditadura filosófica de Mousinho da Silveira é a flagrante demonstração da nossa incapacidade governativa dentro de um regime parlamentar.Dessa estagnação do pensamento nacional na esfera governativa nasceu a progressiva corrupção dos caracteres poluídos e dos costumes progressivamente rebaixados,dando em resultado final a podridão profunda em que nos afundamos."
Ramalho Ortigão in As Farpas na República de 1911 -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
"Os nossos votos são de que haja coragem de prosseguir o combate pelo total esclarecimento das circunstâncias que rodearam o atentado de 4 de dezembro de 1980.Disso dependerá a nossa passagem a um país finalmente adulto e responsável que conta oito séculos de história. ----
A não ser assim,Portugal assemelhar-se-á cada vez mais a uma qualquer república das bananas." (Augusto Cid no seu livro de 1984 "Camarate") -------------------------------------------------------------------
"Pouco tempo depois da sua morte,Sá Carneiro era já envolvido no espesso silêncio dos discursos vazios,de notas oficiais equívocas,de relatórios omissos,de meias palavras,de distorções,de má vontade,de reserva mental,de simulação.---Esse silêncio foi invocado em nome da paz e da concórdia,da normalidade institucional,da continuidade do regime.Paz de cemitérios,fraternização de perdidos,normalidade do caos,continuidade do pântano." (Nuno Rogeiro no livro "Camarate" de 1984)
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No meu outro blog https://grandefantochada.blogspot.com/2022/03/siga-o-circorecomeco-paralamentar.html
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