quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Depois da Demissão a Gestão da Podridão(que vai continuar até Março)

 

Do jornal O Nascer do Sol em Outubro de 2022




Outros Blogs 


https://imagenssem.blogs.sapo.pt/frases-pertinentes-14-76761

https://oplanetadosmacacospoliticos.blogs.sapo.pt/tolos-impostores-e-incendiarios-73200


sábado, 23 de setembro de 2023

Isto é um País de Bananas "governado" por Sacanas

 


O Portugal de hoje cada vez mais se assemelha ao de há um século e meio atrás quando o rei D. Carlos afirmou “isto é um país de bananas governado por sacanas”.


"Estive de férias e a oito mil quilómetros de distância de Portugal. Por muito que tenha gostado de ir, gosto ainda mais de regressar a este abençoado país. Duas semanas, ou nem isso, chegam e sobram para me encher de saudades. Saudades da comida, da gasolina a dois euros o litro, das escolas sem professores, dos hospitais sem consultas, do SNS em que se morre salvaguardado da cobiça “privada”, das rábulas do prof. Marcelo, das greves nos indispensáveis serviços públicos, do cafezinho, das promessas do governo, das mentiras do governo, dos abonos do governo, dos delírios do governo, da Justiça entre aspas, do poder de compra que não tarda compete com o da Bulgária, do imparável saque fiscal, das soluções para a habitação que ameaçam acabar com a habitação, das prestações do crédito, das tendas que agora são o endereço de tantos, do excesso de mortalidade sem precedentes soltos nem responsáveis presos, do crescimento sem hesitações da dívida pública, da TAP que é a nossa riqueza e o nosso orgulho, da CP que é o nosso orgulho e a nossa riqueza, da Transtejo que não sei bem o que é, da debandada de todos os cidadãos com idade inferior a 40 e QI superior a 50, do futebol que é uma festa, da destruição organizada e intencional de qualquer hipótese de uma existência independente do Estado ou dos partidos ou da esmola, dos melhores tremoços do mundo a acompanhar a melhor cerveja do mundo, do melhor clima do mundo, do melhor combate às alterações climáticas do mundo, das melhores ciclovias do mundo, das melhores praias do mundo, do melhor mar gelado do mundo, das melhores matas do mundo, dos melhores baldios a aguardar licenciamento autárquico do mundo, dos autarcas a morar em apartamentos que caso os pagassem lhes custariam 60 anos de salários, da dedicação dos políticos ao bem comum, das cidades mortas às nove da noite porque convém dormir cedo de modo a acordarmos fresquinhos para produzir impostos, do dr. Costa, dos empregados do dr. Costa, do socialismo, da miséria, do silêncio.

O silêncio impressiona. Perante um destino tão negro quanto o da canção de Dino Meira, os portugueses não saem à rua a partir tudo, a partir uma ou duas coisas ou sequer a notar que assim não pode ser. Fora da disciplina corporativa e sindical, os portugueses não se manifestam. No máximo, alguns portugueses resmungam – baixinho que as paredes têm ouvidos e os tempos voltaram a não ser propícios a exuberâncias. Em geral, porém, os portugueses comem e calam. Uns poucos comem no restaurante. A maioria come em casa, enquanto consegue suportar as respectivas prestações. Os restantes, quando querem comer, procuram as filas da caridade. Todos estão calados, todos parecem resignados, a contemplar o que quer que se contempla nos ecrãs dos telemóveis. Os portugueses são pobres mas pasmados.

Tudo somado – preços, rendimentos, custos, tributações, trafulhices – Portugal é dos lugares menos confortáveis para se viver no Ocidente. A boa notícia é que, por este andar, em breve o Ocidente deixará de nos servir de padrão comparativo e, nem que seja só por uns anitos, seremos capazes de fazer um brilharete junto dos indicadores económicos e sociais da Venezuela e do Brasil. A má notícia é que, comparações à parte, somos uns pelintras. E a acomodação colectiva ao facto garante que continuaremos a ser uns pelintras por um longo e talvez eterno futuro. A pelintrice não nos enerva ou embaraça. Às vezes, dá a ideia de que nos envaidece.

Alberto Gonçalves no Observador
https://observador.pt/opiniao/pobres-mas-pasmados/

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

A Realidade Actual (além dos discursos da treta)

Eis a realidade actual,ignorando as cinicas proclamações sobre uma restauração que já não existe a não ser nos delírios e nos discursos hipócritas de falsos "iluminados": http://portugalnonevoeiro.blogspot.com/2020/10/a-republica.html ------------------------------- «No tempo da monarquia, estava ela, a monarquia, de um lado; do outro estavam, juntos, de simples republicanos a anarquistas, os revolucionários todos. Sobrevinda a república, passaram a ser os republicanos revolucionários entre si, e os monárquicos depostos passaram a ser revolucionários também. A monarquia não conseguira resolver o problema da ordem; a república instituiu a desordem múltipla.» - Fernando Pessoa

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Puxando a Fita Atrás(a propósito do presente)

Primeiro escrita para ser usada como peça teatral e depois passada a livro, a Viagem à roda da Parvónia suscitou uma das mais tumultuosas contestações de que há memória. Disse Antero de Quental, a este propósito: "O público protestou contra a caricatura, provavelmente porque se viu nela.Com efeito ,se esse público aplaudisse o quadro da própria ignomínia,que lhe era apresentado,seria além de tudo o mais,cínico.Não o é,toma-se ainda a sério.Pode ser que às vezes,em momentos raros de lucidez relativa,desconfie de que é tolo.Mas não o reconhece e não admite que lho digam.É um sintoma de que desorganização não ataca ainda o intímo do ser.Prova que a corrupção idiota da sociedade de Lisboa é mais o resultado lastimável de condições externas,do que de uma perversão intima e expontânea.Depois o riso é um dissolvente,não é um remédio.O riso amolece,relaxa e acaba por tornar imbecis aqueles mesmos que o empregam contra a imbecilidade alheia.Quando um povo chega a rir-se de si próprio é porque perdeu uma boa parte,senão a melhor parte,da sua virtude colectiva.Tornou-se talvez mais gentil,mas os povos gentis estão muito longe de serem os povos fortes.Receio um tanto que a espirituosa purée de epigramas e ditos venha mais tarde,daqui por alguns anos,a reconhecer-se pouco substancial e até causadora de certa anemia moral.Se há gangrena nesse corpo social(sociedade de Lisboa),e tantos sintomas rapidamente acumulados o estão denunciando,é o cautério,é o ferro em brasa que convém aplicar-lhe,e rudemente,firmamente,porque se não brinca com a gangrena."(Antero de Quental em 1879)

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

«No tempo da monarquia, estava ela, a monarquia, de um lado; do outro estavam, juntos, de simples republicanos a anarquistas, os revolucionários todos. Sobrevinda a república, passaram a ser os republicanos revolucionários entre si, e os monárquicos depostos passaram a ser revolucionários também. A monarquia não conseguira resolver o problema da ordem; a república instituiu a desordem múltipla.» - Fernando Pessoa ---------------------------------------------------------------------------------------- "Naquele país,seja qual for o seu grau de civilização e poderio,onde falece o amor da pátria,onde os vícios mais hediondos vivem à luz do sol,onde a todas as ambições é lícito pretender e esperar tudo,onde a lei,atirada para o charco das ruas pelo pé desdenhoso dos grandes,vai lá servir de joguete às multidões desenfreadas,onde a liberdade do homem,a majestade dos príncipes e as virtudes da família se converteram em três grandes mentiras,há aí uma nação que vai morrer." Alexandre Herculano (História de Portugal,II)

quarta-feira, 20 de julho de 2022

No Pântano "Socialista"(ou da ditadura à dita mole)

Na época do Gonçalvismo o PS representava a Liberdade ante a opressão.Mas os tempos mudaram.As pessoas querem saber o que na realidade representa o PS.E perguntam: Qual o País onde está a funcionar a sociedade que nos propõe?Não existe. A sorte do Mário Soares é a palavra Socialismo ser mesmo linda.Há palavras que nos fazem sonhar e criam-nos ilusões,sempre perigosas,de que despertamos com a sensação frustrante de que a realidade é mil vezes pior.O Leitor socialista,militante,simpatizante ou simples votante,poderá pensar que estou a escrever para si e hoje(76).Engana-se.Lembre-se,de mim,daqui a dez anos.Já cá não estarei.Mas talvez me venha a dar razão... Em 14 de Março 1976 in Crónicas e Cartas de Manuel de Portugal mais aqui https://portugalnonevoeiro.blogspot.com/2014/04/manuel-de-portugal.html -------------------------------------------------------------------------------------------- Actualização 22-08 - Anunciado outro estudo para a causa dos grandes fogos em Portugal(neste caso os da serra da estrela) -- https://fumaca.pt/francisco-castro-rego-nao-e-possivel-um-pequeno-proprietario-cumprir-as-leis-de-gestao-florestal/ --- ---------------------------------------- É certo que só identificando as causas – e as dos fogos hão de ser várias e complexas – se pode resolver os problemas. Mas eu diria que o diagnóstico há muito que está feito e é relativamente consensual. O nosso problema, creio, não vem da falta de diagnósticos, vem da falta de ação. mais aqui https://ionline.sapo.pt/artigo/778929/fogos-e-mais-facil-fazer-estudos-do-que-atacar-o-problema?seccao=Opiniao_i

terça-feira, 21 de junho de 2022

Estamos Bem Entregues(continuação)

Serviços do SNS obrigados a fechar por falta de médicos. Milhares de alunos sem professores. Turistas horas à espera de entrar no país. PS governa há seis anos mas a culpa continua a ser dos outros.- É a ironia de uma política que se limitou a aproveitar o bom trabalho do governo anterior, a conjuntura internacional favorável e que foge das reformas como o diabo foge da cruz. Quando se tem como mantra, não resolver os “problemas estruturais” para reforçar a popularidade junto do eleitorado e manter-se no poder a todo o custo, adivinhem o que pode acontecer? Fácil: os “problemas estruturais” acumulam-se e as soluções nunca mais chegam. Sendo certo que no caso dos sucessivos governos de António Costa, há um segundo mantra que persiste: a culpa é sempre dos outros. Durante quatro anos, a culpa foi sempre de Passos Coelho e da troika (que os próprios socialistas chamaram). E, desde março de 2020, a origem da inação e da passividade do Executivo passou a ser da pandemia Covid-19, a que se junta, claro, a queda do Governo.mais aqui https://observador.pt/opiniao/sera-que-sabem-fazer-mais-do-que-sacudir-a-agua-do-capote/ ---------------------------------------------------------------------------- Os problemas que têm resultado em constrangimentos nas urgências um pouco por todo o país foram, esta segunda-feira, a debate no Fórum TSF. O antigo diretor-geral da Saúde, Francisco George, aponta o dedo aos políticos que governaram o país ao longo da última década e meia e que, diz, não fizeram nada para impedir a deterioração do Serviço Nacional de Saúde.Temos de ter em atenção que temos 230 deputados, governantes e primeiros-ministros ao longo dos anos, líderes da oposição e Presidentes da República. Isto para dizer que há um conjunto de titulares de órgãos de soberania que nos últimos 10/15 anos têm adiado a implementação e desenvolvimento de medidas que podiam prevenir as crises que agora estão descritas", defendeu à TSF Francisco George. -------------------- RELACIONADOS na tsf.pt Hospital de Setúbal prevê fechar urgências de obstetrícia durante 21 dias no verão -- Maternidade Alfredo da Costa reabriu urgências a âmbulâncias -- Caos nas urgências é "sinal de febre". Marcelo espera "medicamento para resolver" problema. ----------------------------------------------------- Actualização em 05-07 : Ao mesmo tempo que os serviços essenciais do dito Estado definham e ao mesmo tempo que o MP persegue pessoas e familias(que não concordam com imposições ideológicas nas escolas https://inconveniente.pt/governo-socialista-volta-atacar-a-familia/ ) deixa acontecer desgraças como a da Jessica em Setubal.Se isto não é a podridão completa o que falta mais? https://observador.pt/2022/06/24/ministerio-publico-abriu-processo-de-jessica-por-violencia-entre-os-pais-e-arquivou-o-ha-um-mes-por-nao-existir-situacao-de-perigo/ --- Marcelada no Brasil no blog www.grandefantochada.blogspot.com