sábado, 10 de novembro de 2012

A História do 28 de Maio



Cem anos depois do 28 de Maio de 1826 e da Revolução Liberal( Uma Cronologia histórica ) veio o 28 de Maio de 1926.

Passo a transcrever um documento assinado por Gomes Da Costa após a Revolução de 1926:

"Portugueses!
A Nação quer um Governo Militar,rodeado das melhores competências,para instituir,na administração do Estado,a disciplina e a honradez que há muito perdeu.
Empenho a minha honra de soldado na realização de tão nobre e justo propósito.Não quer a Nação uma ditadura de políticos irresponsáveis,como tem tido até agora.Quer um Governo forte,que tenha por missão salvar a Pátria,que concentre em si todos os poderes para,na hora própria,os restituir a uma verdadeira representação nacional,ciosa de todas as verdades -- representação que não será de quadrilhas políticas --dos interesses reais,vivos e permanentes de Portugal.
Entre todos os corpos da Nação em ruína,é o Exército o único com autoridade moral e força material para consubstanciar em si a unidade de uma Pátria que não quer morrer.
À frente do Exército Português,pois,unido na mesma aspiração patriótica,proclamo o interesse nacional contra a acção nefasta dos políticos e dos partidos e ofereço à Pátria enferma um Governo forte,capaz de opôr aos inimigos internos o mesmo heróico combate que o Exército deve aos inimigos externos.
Viva a Pátria!
Viva a República!

Gomes Da Costa, General,Comandante em Chefe do Exército nacional."


Esse texto foi retirado do Livro " História Do 28 de Maio" de Eduardo Freitas Da Costa.


Fernando Pessoa escreveu também a propósito da crise na 1ªRepublica que só havia uma instituição com força e moral para restaurar a normalidade,e essa força era o exército.A revolução de 28 de Maio de 1926 terá sido a resposta do exército,hoje em dia teremos forças militares(digo altas patentes de capitão para cima)com força e moral para isso? Se as circunstancias actuais fossem as de 1926 seria por decreto militar de certeza mas os militares estão eles próprios ligados a organizações como a OTAN, e assim a autonomia para tomar decisões radicais estará limitada,mas a democracia com estes politicos que temos tem os dias contados.Assim qual o caminho?Se Portugal tivesse um verdadeiro conselho estratégico(em 1976 andaram distraídos)e não um conselho de estado figurante não seria preciso agir de forma radical nem chegariamos a esta situação.
O grande erro no pós abril de 74 foi a deriva ideológica esquerda versus direita(grande armadilha em que muitos cairam para mal dos estados soberanos)em que os militares se deixaram cair.
http://www.macua.org/livros/vivosemortos.html
Depois devia ter sido criado um verdadeiro conselho de estado onde os militares(como garante da soberania e nao como ideologia ou corporativismo)estivessem representados nunca deixando tudo nas maos dos partidos.Nao aprendemos nada com o que aconteceu na primeira Republica ou no liberalismo monarquico?Deixa-se apodrecer tudo para depois aparecer um Salazar ou uma ditadura militar?Andamos nisto vai para duzentos anos.


A 1ª República de 1910/26 no link seguinte http://portugalnonevoeiro.blogspot.pt/2011/09/httpmembers.html

sábado, 3 de novembro de 2012


"Não se deixem enganar.A troika não veio pagar os salários,nós tínhamos dinheiro para pagar os salários,não tínhamos era dinheiro para pagar a dívida(o capital e os juros)."

Emanuel dos Santos (ex-responsável da elaboração dos orçamentos de estado)

"Se o continente do euro souber regular-se através de poderosas políticas territoriais,então a unidade monetária servirá ao desenvolvimento da diversidade dos países,das regiões e das cidades.Mas,se ele não o conseguir fazer,então a riqueza concentrar-se-á no centro do continente enquanto que a pobreza,a exclusão e os partidos da recusa proliferarão nas periferias."

In Euroland/Civiland,livro publicado pelo CRPM(www.crpm.org ) lançado simultaneamente em sete idiomas europeus,no mesmo ano do nascimento do euro.Entretanto,14 anos passados,onde estamos?

Taxa de juro dispara dívida pública - Exclusivo CM - Correio da ...

1 dia atrás – A taxa de juro cobrada pela troika a Portugal vai fazer disparar o endividamento do Estado português em 2013. Mesmo com a Alemanha a financiar-se com taxas de juro de cerca de 1% a 10 anos e negativas a curto prazo, a troika está a cobrar a Portugal uma taxa de juro média de 3,6%, segundo a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP. O endividamento do Estado é tão alto que a sua dívida irá pressionar o País até 2025, quando ainda representará 96,6% do PIB.
Mais no link acima.

http://portugalnonevoeiro.blogspot.pt/2012/06/ou-nos-salvamos-nos-ou-ninguem-nos.html