Uma situação de crise a vários níveis: político (“Nem rei nem lei, nem paz nem guerra”); crise de valores morais (“Ninguém sabe que coisa quer,/ (...) nem o que é mal, nem o que é bem”); crise de identidade ("ninguém conhece que alma tem"). A situação é, portanto, de incerteza e de indefinição. "Ó Portugal, hoje és nevoeiro... ", conclui o sujeito poético. No entanto, e apesar desta constatação, não deixa de lançar o desafio: "É a hora! "
sábado, 9 de julho de 2011
segunda-feira, 4 de julho de 2011
As Origens do Nevoeiro
Foi o dominío castelhano(1580-1640)que deu origem a esta lenda da preservação sobrenatural do rei D.Sebastião,desaparecido na baralhada desordem do desbarato de Alcácer-Quibir; lenda,em que o amor da terra natal,a angústia da humilhação,o ressentimento pela perda das possessões ultramarinas e pela ruína da fazenda nacional,redundaram no contágio epidémico de uma ideia fixa,de uma alheamento específico do entendimento,à qual davam pasto e ardência fantasiadas ocorrências miraculosas.
A.Costa Lobo in As Origens do Sebastianismo
As origens:
http://www.arqnet.pt/dicionario/joao3.html
Filho de D. Manuel I e de D. Maria de Castela, nasceu em 1503 em Lisboa, onde faleceu em 1557. Décimo quinto rei de Portugal (1521-1557)
O alemão Schaufer,na sua História de Portugal,que mereceu os incómios de Alexandre Herculano,aprecia assim os efeitos daquela calamidade:
"Perdendo a independencia política,Portugal perdeu conjuctamente o seu poder,e a nação viu em breve desaparecer a consideração de que gozava na Europa.O escravo,por feliz que seja nas cadeias de um senhor brando e humano,tem sempre que desquitar-se da sua personalidade.O mesmo sucede com os Estados.Privado da autonomia,um povo deixa de existir; apaga-se-lhe a fisionomia,derranca-se-lhe o carácter; ufania nacional e patriotismo vivem unicamente em reminiscências e queixas,que cedo se tornam inúteis ou perigosas,e por fim extiguem-se no coração de todos.Portugal oferece um exemplo assinalado desta grande verdade."
O nevoeiro http://portugalnonevoeiro.blogspot.pt/2011_02_01_archive.html
A.Costa Lobo in As Origens do Sebastianismo
As origens:
http://www.arqnet.pt/dicionario/joao3.html
D. João III - Infopédia
O alemão Schaufer,na sua História de Portugal,que mereceu os incómios de Alexandre Herculano,aprecia assim os efeitos daquela calamidade:
"Perdendo a independencia política,Portugal perdeu conjuctamente o seu poder,e a nação viu em breve desaparecer a consideração de que gozava na Europa.O escravo,por feliz que seja nas cadeias de um senhor brando e humano,tem sempre que desquitar-se da sua personalidade.O mesmo sucede com os Estados.Privado da autonomia,um povo deixa de existir; apaga-se-lhe a fisionomia,derranca-se-lhe o carácter; ufania nacional e patriotismo vivem unicamente em reminiscências e queixas,que cedo se tornam inúteis ou perigosas,e por fim extiguem-se no coração de todos.Portugal oferece um exemplo assinalado desta grande verdade."
O nevoeiro http://portugalnonevoeiro.blogspot.pt/2011_02_01_archive.html
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